Nos pastos, pouca comida, o capim já secou. O gado está morrendo de fome. O jeito é carregar a palha do milho que o sol não deixou colher. É assim que o pecuarista João Farias, de 94 anos, tenta salvar os bezerros. “Se o gado enfraquecer e começar a cair, tá morto.”, diz.
Na região de Irecê, a que mais produz feijão no nordeste, as perdas na lavoura passam de 80%. Há escassez de água até no subsolo. Poços artesianos secaram. Os que ainda funcionam já dão sinais de que também estão se esgotando.
“Se daqui até o dia 10 de abril não chover, pode levantar as mãos para o céu e pedir a Deus que tenha piedade de nós”, conta o agricultor Assunção Fraga.
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