A ingestão de um dos medicamentos mais populares
do mundo, o analgésico paracetamol, foi apontada como causa de 1.500
mortes nos últimos 10 anos, é o que revela uma pesquisa realizada pela
ONG de jornalistas, a "Pro Publica". O maior mau causado não seria a sua
substância em si, mas a superdosagem que pode afetar gravemente o
fígado, desencadeando a necessidade de transplante. Uma reportagem de "O
Globo" diz que nos últimos cinco anos foi registrado um aumento de
mais de 80% na venda de paracetamol no Brasil, o que gerou um
faturamento de R$ 507 milhões em 2012. Segundo o Information Resources, o
faturamento com a venda de paracetamol atingiu a marca de R$ 3,8
bilhões nos Estados Unidos, mas a FDA - agência reguladora de
medicamentos-, diminuirá a partir de 2014 a dose máxima permitida de um
comprimido para 325 miligramas (mg). No “extra forte”, de 500 mg, a
dose máxima diária foi de 4g para 3g, ou seja, seis
comprimidos. Seguindo a atual recomendação da Organização Mundial de
Saúde (OMS), no Brasil a dose permitida continua sendo de 4g e a única
orientação que vem na embalagem do remédio é de não exceder o uso de
cinco comprimidos, mas não diz o motivo da recomendação. O maior mau
causado pelo medicamento seria a insuficiência hepática fulminante, onde
fígado para de funcionar e é necessário um transplante. Nos EUA,
inclusive, a intoxicação por paracetamol é a maior indicação desta
cirurgia, com quase 800 casos nos últimos 15 anos.
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