segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Rio Real: Polícia investiga participação de PMs em morte de advogado; População relata ação de milícia na cidade
O delegado titular de Rio Real, Geuvan Franca,
responsável pelas investigações na morte do advogado Urbano Nascimento
Júnior, de 28 anos, executado no sábado (10) com cerca de dez tiros dentro do seu veículo,
afirmou neste domingo (11) que a polícia investigará se houve
participação de policiais militares no crime. Urbano foi enterrado neste
domingo no cemitério municipal de Rio Real. O jurista, que era bastante
conhecido por atuar nas camadas mais pobres da cidade, inclusive chegou
a presidir o Conselho Tutelar, foi vítima de agressões e espancamentos
cometidos por PMs lotados em Rio Real. O primeira caso foi em 15 de
janeiro último, quando ele tentou intervir em uma agressão de PMs contra
um dos seus clientes, detido por uma suposta prática delituosa. Em
julho passado, o advogado voltou a ser agredido após não parar o veículo
em uma abordagem. "Ele só parou o carro na frente da delegacia e a
viatura da polícia chegou a colidir no carro dele. Chegando lá ele foi
agredido por policiais da CAEL [Companhia de Ações Especializada do
Litoral]”, contou o delegado em entrevista ao G1. Segundo Franca, na
maioria das vezes o advogado defendia pessoas que tinham problemas na
Justiça com a polícia. “Por isso sempre achavam que ele estava
perseguindo a polícia.
Ele
era um cara que incomodava. Esta semana ele disse a mim que iria para a
corregedoria fazer uma denúncia. Não sei se ele foi mesmo”, revelou.
Contatada pelo Bahia Notícias, a Polícia Militar da Bahia confirmou que
PMs envolvidos nos dois casos respondiam a processos na corregedoria,
mas não confirmou se algum dos envolvidos chegou a ser condenado. Em
janeiro, o presidente da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB-BA), Saul Quadros, encaminhou pedido de providências ao Comando
Geral da PM-BA, ao governador Jaques Wagner, e ao Secretário de
Segurança Pública, Maurício Teles Barbosa, para punir os PMs
“desrespeitadores ao exercício profissional da advocacia”.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário