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Fundada há 73 anos, esta foi a primeira vez que a Tropa da Guarda Municipal não participa do desfile em comemoração ao aniversário de Jequié | 
Quem esteve na Avenida Rio Branco durante as comemorações do aniversário de 128 anos de Jequié sentiu falta da presença da Tropa da Guarda Municipal de Jequié. A ausência foi um recado claro ao prefeito Zé Cocá, que prometeu há quase 2 anos e vem protelando a solução esperada pelos servidores municipais.
REMUNERAÇÃO
Um dos entraves com a gestão municipal vem principalmente da formatação do PCCR (Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração), feita pela gestão municipal. No texto do PCCR, a tropa é reconhecida como Nível Médio, como recomenda a Lei nº 13.022/14, conhecida como Estatuto Geral das Guardas Municipais. Ocorre que, no quesito remuneração, os guardas municipais de Jequié recebem como nível fundamental.
HISTÓRIA BRIOSA
São 160 homens e mulheres que têm a missão de proteção preventiva de bens, serviços e logradouros públicos municipais, além da proteção dos direitos humanos fundamentais, do exercício da cidadania e das liberdades públicas, além do compromisso em preservar a vida, patrulhamento preventivo e compromisso com a evolução social da comunidade e o uso progressivo da força. Tarefas árduas que merecem o reconhecimento dos poderes estabelecidos.
SEM TEMPO PARA A GUARDA
Segundo um componente da Guarda Municipal, ele informou que muitas investidas foram feitas no sentido de sensibilizar o prefeito Zé Cocá para que ele se reúna com as lideranças da Guarda Municipal para tratar dos ajustes finais do projeto que está em suas mãos há quase 2 anos engavetado, sem discussões, sem nenhuma solução, o que impede que o projeto siga para apreciação, votação e aprovação por parte da Câmara de Vereadores de Jequié.
RENOVAÇÃO DA TROPA
Com 73 anos de história e serviços prestados à comunidade jequieense, a Guarda Municipal de Jequié precisa do olhar diferenciado para uma categoria que atravessa problemas inerentes à profissão, como muitos agentes adoecidos, com problemas emocionais e até com acompanhamento psicológico, e que a oxigenação da tropa ocorra brevemente com a realização de concurso público para novos agentes.
O gesto de não participar do desfile de aniversário da cidade pode ser entendido como o grito de socorro daqueles que buscam, como agentes da segurança pública, o reconhecimento merecido como categoria diferenciada de servidores, devendo ter, além do Plano de Carreira próprio, a representação própria também.
Espera-se que o gesto da Guarda Municipal não seja entendido pela Secretaria de Governo como insubordinação e que retaliações não aconteçam, fazendo valer as garantias constitucionais de um país democrático e com pleno direito de expressão.

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