segunda-feira, 27 de outubro de 2025

JEQUIÉ: AUSÊNCIA DA GUARDA MUNICIPAL É GESTO DE INSATISFAÇÃO COM A GESTÃO

 

Fundada há 73 anos, esta foi a primeira vez que a Tropa da Guarda Municipal não participa do desfile em comemoração ao aniversário de Jequié


Quem esteve na Avenida Rio Branco durante as comemorações do aniversário de 128 anos de Jequié sentiu falta da presença da Tropa da Guarda Municipal de Jequié. A ausência foi um recado claro ao prefeito Zé Cocá, que prometeu há quase 2 anos e vem protelando a solução esperada pelos servidores municipais.

REMUNERAÇÃO

Um dos entraves com a gestão municipal vem principalmente da formatação do PCCR (Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração), feita pela gestão municipal. No texto do PCCR, a tropa é reconhecida como Nível Médio, como recomenda a Lei nº 13.022/14, conhecida como Estatuto Geral das Guardas Municipais. Ocorre que, no quesito remuneração, os guardas municipais de Jequié recebem como nível fundamental.

HISTÓRIA BRIOSA

São 160 homens e mulheres que têm a missão de proteção preventiva de bens, serviços e logradouros públicos municipais, além da proteção dos direitos humanos fundamentais, do exercício da cidadania e das liberdades públicas, além do compromisso em preservar a vida, patrulhamento preventivo e compromisso com a evolução social da comunidade e o uso progressivo da força. Tarefas árduas que merecem o reconhecimento dos poderes estabelecidos.

SEM TEMPO PARA A GUARDA

Segundo um componente da Guarda Municipal, ele informou que muitas investidas foram feitas no sentido de sensibilizar o prefeito Zé Cocá para que ele se reúna com as lideranças da Guarda Municipal para tratar dos ajustes finais do projeto que está em suas mãos há quase 2 anos engavetado, sem discussões, sem nenhuma solução, o que impede que o projeto siga para apreciação, votação e aprovação por parte da Câmara de Vereadores de Jequié.

RENOVAÇÃO DA TROPA

Com 73 anos de história e serviços prestados à comunidade jequieense, a Guarda Municipal de Jequié precisa do olhar diferenciado para uma categoria que atravessa problemas inerentes à profissão, como muitos agentes adoecidos, com problemas emocionais e até com acompanhamento psicológico, e que a oxigenação da tropa ocorra brevemente com a realização de concurso público para novos agentes.

O gesto de não participar do desfile de aniversário da cidade pode ser entendido como o grito de socorro daqueles que buscam, como agentes da segurança pública, o reconhecimento merecido como categoria diferenciada de servidores, devendo ter, além do Plano de Carreira próprio, a representação própria também.

Espera-se que o gesto da Guarda Municipal não seja entendido pela Secretaria de Governo como insubordinação e que retaliações não aconteçam, fazendo valer as garantias constitucionais de um país democrático e com pleno direito de expressão.

 FONTE/CRÉDITOS: TV Jequié

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