(Foto: Mauro Akin Nassor/CORREIO)
Uma
estrada de chão batido leva a um casebre, no meio do mato, no Parque
Sócio-Ambiental de Canabrava. A descrição pode até indicar um paraíso
bucólico, perdido na grande cidade, mas basta olhar de perto para ver
que carcaças de veículos em volta e buracos de balas nas paredes estão
mais para cenário de filme de terror - ou faroeste. Os vilões também
podem parecer confiáveis: policiais militares, a quem se recorre numa
situação de perigo. Mas, para o empresário João* (nome fictício), que
foi sequestrado e levado até o centro de tortura, em 2015, eles foram o
próprio perigo. Segundo a vítima, o local foi escolhido por uma
quadrilha formada, principalmente, por PMs, para extorquir dinheiro dela
e eliminá-la. Ele ficou por mais de uma hora na iminência de levar um
tiro na nuca, caso não concordasse com as exigências do grupo que,
segundo a vítima, tinha como ‘xerife’ Juraci Belo Santos, soldado
reformado que está preso, e outro policial militar não identificado.
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