Além de brincadeiras e presentes, a semana do Dia das Crianças também é uma oportunidade para refletir sobre a violência contra a criança e o adolescente. Casos de ameaça, estupro, lesão dolosa e tentativa de homicídio fizeram parte da realidade de mais de 3.880 crianças e adolescentes baianos, dado divulgado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), que reflete ao primeiro semestre de 2017. Por mais que, em relação ao ano de 2016, os números tenham diminuído em cerca de 20%, a situação ainda é alarmante e se relaciona com uma "cultura e educação baseada no castigo, na agressão física". Isso é que explica Ana Crícia Macedo, titular da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes contra a Criança e o Adolescente (Derca). "Constatamos a violência física em grandes proporções. Chega gente que esquentou a colher no fogo para queimar a língua de criança que xingou", contou. Segundo a delegada, é preciso mudar a cultura da educação baseada na agressão e buscar o diálogo. "Há outras formas de repreender o filho. Você pode tirar dele um passeio, uma televisão, um videogame, tem outras formas de educar, de dar limites", disse Ana Crícia.
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