Em protesto contra o controle exercido pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), um grupo de delegados decidiu suspender novos pedidos à Justiça de quebras de sigilos telefônicos e bancários. "Infelizmente tivemos que levar essa situação a público para que a autonomia dos delegados baianos seja devolvida", diz o presidente do sindicato dos delegados da Bahia, Fábio Lordello, em entrevista ao portal UOL. Com a interrupção, parte dos inquéritos de crimes como homicídios, tráfico de drogas, corrupção, são paralisados. A medida não afeta apenas a investigação de casos de extorsão mediante sequestro. No estado, os grampos telefônicos autorizados pelo Poder Judiciário são executados e analisados pela Superintendência de Inteligência (SI), órgão ligado diretamente à SSP. O departamento prepara relatórios com as transcrições das conversas telefônicas dos investigados e encaminha o conteúdo das escutas aos delegados responsáveis pelos inquéritos. Os delegados consideram o modelo ilegal e argumentam que quem deveria exercer o controle dos grampos é a própria Polícia Civil. Os pedidos foram suspensos desde o dia 12 de setembro e os delegados cogitam a possibilidade de greve, a ser iniciada daqui a dois meses, caso a reivindicação não seja atendida.
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