O secretário estadual da Segurança Pública,
Maurício Barbosa, participou nesta quarta-feira (110 de uma audiência
pública no Senado, apresentando o planejamento do Governo da Bahia para a
área este ano. "Nossas ações de prevenção social foram direcionadas
para a população que mais mata e que mais morre na Bahia (adolescentes e
jovens de 12 a 29 anos", disse Barbosa no Senado. Segundo o secretário,
60% dos homicídios de 2014 no estado estão ligados ao tráfico de drogas
e vitimaram baianos justamente da faixa etária citada. Esta é a
realidade do estado nos últimos oito anos. Para tentar mudar o cenário, o
governo baiano tem reforçado ações especiais para esta parcela da
população. Barbosa citou como exemplos a oferta de aulas de piano na
base comunitária de segurança no Uruguai, entre outros. Operações
policiais nos bairros do Cabula e Santa Mônica foram questionadas. O
secretário afirmou que nas duas situações a polícia foi recebida a tiros
e reagiu. O secretário destacou a necessidade das forças de segurança
trabalharem em conjunto, a nível federal, e alertou que é necessário
ampliar as operações nas fronteiras do país, de modo a diminuir a
entrada de armas e drogas no Brasil. Durante a audiência, o secretário
reforçou um pedido do governador Rui Costa ao ministro da Justiça para
que os dados dos estados sobre homicídios sejam mais transparentes. Ele
ressaltou que as metodologias de cada estado são diferentes e isso gera
discrepâncias no momento de fazer comparações. "É preciso trazer uma
metodologia única para os estados", defende. O governador já havia
questionado a metodologia do Diagnóstico de Homicídios, que colocou a
Bahia como o estado com maior número de homicídios no país. Na ocasião,
Costa afirmou que alguns estados distorciam informações. A audiência de
hoje foi realizada pela CPI do Assassinato de Jovens, presidida pela
senadora baiana Lídice da Mata.
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