O governo indicou que vai propor a idade mínima 
para aposentadoria em 60 anos e 65 anos, respectivamente, para mulheres e
 homens, segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo com fontes que 
participam dos estudos da reforma da Previdência. O Brasil é um dos 
poucos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento 
Econômico (OCDE) que não estipula uma idade mínima. Numa 
lista de 35 nações, o País tem o piso da idade em que as pessoas se 
aposentam: 57,5 anos. A média é considerada muito baixa para honrar os 
pagamentos dos benefícios no futuro. Os outros países da OCDE tem média 
de 64,2 anos. O governo defende que a experiência internacional aponta 
idade mínima próxima de 65 anos. Preocupado em 
mostrar que não está de braços cruzados com o aumento do rombo das 
contas públicas, a equipe econômica resolveu acelerar as mudanças com o 
objetivo de conter os gastos e resolveu que não vai esperar o debate das
 centrais sindicais e dos movimentos sociais no fórum criado com esse 
objetivo. Apenas apresentará a proposta formalmente ao Congresso. A
 estratégia do governo é mostrar que não está preocupado apenas com o 
ajuste fiscal deste e do próximo ano, mas também com medidas estruturais
 de longo prazo. Por isso, membros da equipe econômica consideram que 
não é possível esperar o consenso do fórum, composto por representantes 
dos empregadores, dos trabalhadores e dos aposentados e pensionistas. A
 meta é apresentar as mudanças em novembro, embora haja resistência da 
ala do governo ligada aos movimentos sociais. Em reunião nesta 
quarta-feira, 21, os ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, e do 
Trabalho e da Previdência Social, Miguel Rossetto, estabeleceram um 
plano de trabalho para fechar a proposta da reforma. Qualquer
 mudança deve ter impacto somente no futuro, ou seja, não deve atingir 
as pessoas que já trabalham e contribuem para o Instituto Nacional do 
Seguro Social (INSS). Os efeitos devem ser graduais, mas crescentes, 
sobre o resultado da Previdência e o resto da economia. 
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