A preservação do local do crime é um dos
principais assuntos que agentes de investigação dos Estados Unidos
passam para policiais baianos e de outros estados no Curso de
Investigação de Homicídio. O evento, iniciado na última segunda-feira
(31), é realizado na sede da Coordenadoria de Operações Especiais (COE)
da Polícia Civil, em Salvador,
até a sexta-feira (4/9). A realização do curso na capital baiana é
resultado de parceria do Governo Federal, por meio da Secretaria
Nacional de Segurança Pública (Senasp), com a Embaixada Norte-Americana.
São 48 policiais baianos, sendo 28 delegados ou investigadores, três
peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT) e 17 policiais civis
de outros estados brasileiros que participam da ação. Sobre a preservar
do local do crime, o coordenador do curso e de Gestão e Integração da
Ação Policial da COE, delegado Evilásio Bastos Filho, explica que a
Polícia Civil da Bahia já realiza o isolamento da área, mas frisou que,
para a polícia norte-americana, este é um ponto crucial para o início
das etapas investigativas. ”Eles demonstram com funciona o sistema
jurídico lá [EUA] e a importância de preservar o local do crime. Lá nos
Estados Unidos a população já está acostumada culturalmente a isso. Aqui
na Bahia, os parentes querem verificar documento, pisam na prova, isso
dificulta bastante a coleta de prova. Eles mostram a importância e lá
funciona muito bem porque policia e a população estão instruídos disso.
O sistema jurídico é diferente, em que há mais respeito à polícia. Aqui
o policial trabalha e tem que mostrar que está trabalhando”, relatou.
Ainda de acordo com Evilásio Bastos Filho, o DPT da Bahia é referência
no Brasil em vários aspectos, inclusive na análise do DNA. A policia
local é solicitada para fazer exames de outros estados, contudo as
provas colhidas às vezes são consideradas ”fracas”.
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