Autor
da Cartilha de Orientação da Polícia Militar, o capitão Alden José
Lázaro da Silva, do Departamento de Polícia Comunitária e Direitos
Humanos, fez um novo estudo que identifica as tatuagens utilizadas por
membros de facções criminosas na Bahia. O PM estuda o tema há mais de 10
anos.
Segundo informações do jornal Correio, membros da Katiara, grupo que
atua no Recôncavo Baiano, usam o pentagrama ou as letras KT, normalmente
nas mãos. De acordo com Alden, as tatuagens tem influência de
quadrilhas que agem na América Latina, como Los Zetas, e na máfia russa,
que costuma tatuar estrelas nos ombros e joelhos. A Caveira, comandada
por Genildo Lino da Silva, o “Perna”, utiliza o desenho de um crânio ou e
um mago, que faz referência ao líder da facção, que está preso em
Catanduvas (PR). O grupo também lança mão de símbolos associados ao PCC,
como a carpa e o número 1533 (referente à ordem das letras no alfabeto,
P-15 C-3 C-3) e o yin yang (que simboliza o bem e o mal na cultura
chinesa).
O CP, que tem como líder Cláudio Campanha, também preso em Catanduvas, é
representada com um escorpião, com a expressão “Tudo 2” (o
algarismoestá relacionado à quantidade de letras da sigla) e o número
315 (C-3 P-15). De acordo com o capitão, além de tatuagens, os
criminosos se diferenciam com cortes de cabelo e picham muros e imóveis
com os símbolos dos bandos aos quais pertencem.
O estudo mostra ser comum encontrar pichações da Caveira em Pau da Lima,
Pernambués (Saramandaia), Federação (Lajinha), Bairro da Paz,
Liberdade, Calabar, Santa Cruz (Boqueirão), Cajazeiras, Mussurunga,
Itapuã e nos municípios de Itabuna, Madre de Deus, Feira de Santana e
Lauro de Freitas. As marcas do CP são encontradas na maior parte de
extensão da Avenida Suburbana, Cosme de Farias, Bate Coração (Paripe),
Campinas de Brotas e as da Katiara são mais comuns em Valéria, Águas
Claras, Lobato e em municípios do Recôncavo.
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