terça-feira, 1 de setembro de 2015

Coordenador de Polícia diz que onda de crimes teve relação com a disputa pelo tráfico de drogas

Coordenador da 9ª Coorpin, Fabiano Aurich fez relato dos crimes ocorridos no final de semana
Coordenador da 9ª Coorpin, Fabiano Aurich fez relato dos crimes ocorridos no final de semana
A sucessão de crimes ocorridos em Jequié, desde quinta-feira (27/8), até o domingo (30), de acordo com o diretor da 9ª Coordenadoria Regional de Policia do Interior (Coorpin), delegado Fabiano Aurich, está relacionada com as disputas pelo tráfico de drogas na cidade. A suspeita levantada pela polícia é de que a prisão em São Paulo,  do traficante Sandro Queiróz Santos, o Real, em julho deste ano, tenha impulsionado os conflitos. Apontado como um dos líderes do tráfico em Jequié, Real foi mandado para o presidio de segurança máxima de Serrinha, de onde não tem como comandar o tráfico. “Por isso, já esperávamos que houvesse uma disputa pelas bocas”, contou o coordenador. Sete dos noves mortos estavam envolvidos com o tráfico de drogas, de acordo com as investigações. Duas outras vítimas estão sendo investigadas. Por conta da insegurança, o policiamento foi reforçado na cidade por equipes das Polícias Civil e Militar, com apoio da Polícia Federal. Não existe prazo para elas deixarem a cidade.
Policiamento foi reforçado com policiais da Companhia Independente de Policiamento Tático (CIPT-Sul), Rondesp Sul, Companhia Independente de Policiamento Especializado (CIPE), Sudoeste e Gerais, e do 19ª Batalhão da Polícia Militar (Jequié).
Policiamento foi reforçado com policiais da Companhia Independente de Policiamento Tático (CIPT-Sul), Rondesp Sul, Companhia Independente de Policiamento Especializado (CIPE), Sudoeste e Gerais, e do 19ª Batalhão da Polícia Militar (Jequié).
Relato dos crimes
O primeiro crime aconteceu na noite de quinta-feira (27), quando o idoso José Carlos Silva, 60 anos, foi assassinado. Segundo a polícia, ele não tem passagem policial, mas um dos filhos da vítima tem envolvimentos com o tráfico de drogas. A polícia investiga se o idoso foi morto por atuação no tráfico ou se em retaliação pela participação do filho.
Na sexta-feira (28), foram assassinados Samuel Pereira dos Santos, o Juquinha, 22, Alexandre Alves Moura, o Carlon Cigano, 25, e Alessandro Santana Velasques, 24. De acordo com o delegado, Juquinha e Carlon Cigano estariam envolvidos com o tráfico de drogas. A morte de Alessandro, no entanto, pode ter sido uma retaliação. “Ele tem passagem por posse de drogas e desacato, mas as nossas investigações apontam que Alessandro estava trabalhando e era um rapaz direito. O irmão dele, Alexandro Velasques, conhecido como Num, é quem tem envolvimento com o tráfico de drogas”, afirmou Aurich. A polícia está investigando se Alessandro foi confundido com o irmão ou se os assassinos sabiam que ele não era Alexandro, mas mesmo assim o mataram para poder se vingar do traficante.
No sábado (29), foi assassinado Eduardo Santos Souza, 24. Segundo a polícia, ele tinha passagens por tráfico de drogas em Jequié e Ipiaú, além de agressão a mulher em Feira de Santana. No mesmo dia foi morto Alessandro Vieira Santana, o Pé no Saco, 27. “A informação que temos é de que ele comprava drogas nas mãos dos traficantes e não pagava. Já estava fazendo isso há algum tempo e por isso estava com a cabeça a prêmio”, contou o delegado.
Ainda no sábado foi morto Mikael Oliveira Ferreira, 17 anos, o “Neguinho”.  Ele era apontado como um dos autores da morte de Carlon Cigano, no dia anterior.
No domingo (30), foram assassinados Ivanildo Oliveira Soledade, o Nego ou Sinho, 35 – Ele tem cinco passagens por tráfico de drogas em Jequié – e Beatriz Cavalcante dos Santos, 19 anos. De acordo com a polícia, ela estava envolvida com o tráfico de drogas e havia ameaçado traficantes rivais nos últimos dias. “Alguns bandidos estavam circulando na área que ela considerava dela. Ela ameaçou eles de morte”, afirmou o delegado.

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