O dinheiro que você guarda na carteira, bolso ou
até no cofrinho pode estar com presença de cocaína, acredita? A pesquisa
inédita da Universidade Federal Fluminense (UFF), no Rio de Janeiro,
revelou que cerca de 90% das notas de real em circulação no estado
apresentam traços da droga. "É virtualmente impossível
não pegar notas com a droga. Elas estão distribuídas por toda a parte",
disse o pesquisador Wagner Pacheco, do Departamento de Química Analítica
da UFF, ao portal 'O Globo'. A pesquisa nasceu de um tipo de estudo já
realizado na Europa e nos Estados Unidos. Para isso, foi composto, por
meio da análise da frequência da cocaína nas cédulas, um painel de sua
disseminação. A pesquisa revelou que a contaminação das notas de real
segue o mesmo padrão de distribuição observado em euros e dólares. Em
entrevista ao portal 'O Globo', os químicos envolvidos no estudo
revelaram três fatos para o fato de traços de cocaína serem tão comuns
nas notas: número considerável de usuários e traficantes que enrolam as
notas para usá-las como canudos na hora de aspirar a droga; o
papel-moeda apresenta porosidade e se mantém úmido, o que facilita sua
impregnação pela cocaína, que é um pó finíssimo e a intensa circulação
do dinheiro e a mistura de notas nas máquinas de saque e nos bancos. Uma
única cédula pode contaminar muitas outras.
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