A votação da
admissibilidade das propostas de emendas à Constituição (PEC), que
tratam da redução da maioridade penal, prevista para hoje (17) na
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, foi
adiada para a próxima semana. Um pedido de vista coletivo do parecer do
relator, Luiz Couto (PT-PB), foi a causa do adiamento. O parecer lido
hoje na CCJ é contra a admissibilidade das PECs.
Antes da
leitura do parecer, a CCJ rejeitou, por 37 votos a 19 , o requerimento
do deputado Décio Lima (PT-SC), que propunha a retirada de pauta de
votação da PEC 171/93 e das 38 propostas apensadas a ela. Todas tratam
da redução da maioridade penal – a primeira foi apresentada em 1993 e
propõe a redução de 18 anos para 16 anos.
Ao justificar o
pedido de retirada de pauta, Décio Lima disse que era preciso mais
tempo para discutir o tema e promover debates com integrantes do Poder
Judiciário, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e de entidades de
defesa dos direitos humanos. “O requerimento é para que possamos
organizar um amplo debate, que permita trazer dados estatísticos para
darmos uma resposta à sociedade.”
A maioria dos
integrantes da CCJ entendeu que deveria votar contra o requerimento para
permitir a votação da admissibilidade da PEC na CCJ. Com a derrubada,
alguns deputados apresentaram outro requerimento para audiência pública
na comissão com dois constitucionalistas: um falando a favor e o outro
contra a constitucionalidade das propostas. Esse requerimento deverá ser
votado amanhã (18) e, se aprovado, a audiência com os
constitucionalistas será na semana que vem.
Caso a
admissibilidade das PECs seja aprovada, será criada uma comissão
especial para analisar o mérito das propostas e, só depois, será feita a
votação no plenário da Câmara. Se rejeitada, as propostas serão
arquivadas.
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