"Existe prostituição dentro da penitenciária e
não é de hoje. As mulheres são agenciadas pelos próprios presos. É a
forma que eles têm de ganhar dinheiro. É gente perigosa. Vocês,
jornalistas, não deveriam mexer nisso. É coisa para a polícia", afirmou
uma mulher que, há 18 anos, frequenta as imediações do Complexo
Penitenciário do Estado, em Mata Escura. Ela disse, ainda, que conhece a
maioria das mulheres que vão visitar os internos e, por medo de
represália, pediu para não ser identificada. Denúncia feita pelo
Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado da Bahia (Sinspeb) dá
conta da existência de um catálogo de prostitutas que circula entre os
presos da Penitenciária Lemos Brito (PLB). Conselho recomenda fim de
revistas manuais em presídios De acordo com Geonias Santos, presidente
do sindicato, o catálogo é uma pasta digital cheia de fotos de mulheres
nuas, seminuas e em posições eróticas que circula nos celulares dos
presos. É por meio deste catálogo que eles escolhem as mulheres para
fazer sexo. "Paga-se de R$ 1.700 a R$ 2 mil por um programa. Depois, o
preso dá um gelo na prostituta para obrigá-la a baixar o preço. A
maioria vem da orla. Existe, inclusive, um Disque Itapuã. Em cada
unidade da Lemos Brito, existe essa prostituição exacerbada", afirma
Geonias Santos. Parte do catálogo, segundo ele, foi apreendida em abril
passado nos celulares de internos do módulo 5 da PLB, cuja população
carcerária era de 472 presos até o final de agosto, segundo a direção da
unidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário