Morreu um Policial Militar: seus
comandantes dizem; ele cumpriu seu dever, seus colegas dizem; ele foi um
herói, a população diz; era a profissão dele, ele escolheu se arriscar,
alguns dizem; ele foi vítima do acaso, os médicos dizem; constata-se o
óbito, que é definido cientificamente por um processo irreversível de
cessação das funções biológicas, necessárias à caracterização e
manutenção da vida. Irreversível, não há como voltar, não há medalha,
honraria ou indenização que traga de volta aquele homem que aos olhos da
população, jornalistas, médicos e comandantes era um Policial Militar,
mais para alguns poucos, era Luís Pedro de Souza Gomes, ou Apenas Luís,
um Filho, Pai, Irmão, Amigo, Marido, Tio, Cunhado e o evento morte,
acima descrito de tantas formas têm apenas um significado a PERDA.
Imagine um filho que vê no Pai o seu herói, e exemplo a ser seguido, diz
aos amigos com orgulho que seu Pai é Policial da Força Nacional, seu
Peito infla, seus olhos Brilham, seu sorriso transcende, Agora imagine
como dizer a este menino que seu herói se foi para nunca mais voltar,
imagine agora seus olhos tristes, cheios de lágrimas e àquele sorriso
desaparecendo vendo seu Pai dentro de uma caixa fria de madeira, deitado
de olhos fechados e inertes. Aquele Pai que tanto brincava, que tanto
sorria, agora frio e gelado, a criança chora e diz: acorda Pai, acorda
Pai… Desesperado, seu peito antes inflado de orgulho, agora se enche de
tristeza e angústia, sua mãe diz: calma filho seu Papai está no Céu e
ele triste e desconsolado diz: não mãe eu quero meu Pai aqui. Me diga
como preencher o vazio deixado no coração pela perda de um ente querido
que para os demais é apenas mais um POLICIAL MILITAR… Dentro
desta farda há um corpo que sofre, por baixo do colete existe um coração
que bate,sente e sofre lembre-se disso quando tombar mais um guerreiro,
não é um PM é um Homem que fará falta a muita gente.
( Autor: Geovane Pereira da Silva SD PM )
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