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Senado aprovou na quarta-feira (13/11), em primeiro turno, o fim do
voto secreto no Legislativo. A decisão não é definitiva porque senadores
favoráveis ao fim do sigilo somente nos casos de cassação de mandatos
de congressistas vão tentar modificar a proposta até a votação em
segundo turno –marcada para a semana que vem. A abertura total dos votos
teve apoio de 54 senadores. Dez votaram contra e um se absteve. Com o
apoio do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), senadores vão
apresentar no segundo turno pedidos para fatiar a votação da PEC
(proposta de emenda constitucional) do voto secreto. Isso permite
analisar separadamente o fim dos três tipos de voto secreto em vigor no
Legislativo: nas cassações, na análise de vetos presidenciais e
autoridades indicadas pelo Executivo. A manobra permitiria aprovar o fim
do sigilo nas cassações, mas mantê-lo nos outros dois casos previstos
pela Constituição –como defende parte do PMDB, liderados por Renan. A
estratégia do fatiamento foi usada na votação do primeiro turno da
proposta, mas acabou derrotada pela maioria dos senadores. Se a PEC for
aprovada sem mudanças, as votações secretas serão extintas no Congresso,
Assembleias Legislativas e Câmaras municipais e distrital. A mudança
também atinge a eleição dos presidentes da Câmara e do Senado, que
atualmente ocorre de forma sigilosa. (Agência Senado)
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