
O enterro de Crispim 
estava marcado para as 8 horas de hoje. O coveiro Moacir já tinha 
conhecimento e já havia garantido, para a família de Crispim, que a 
sepultura estaria pronta, mas não foi o que aconteceu.
A família e os amigos 
ao chegarem ao cemitério não encontraram nenhuma sepultura aberta nem 
coveiro. O vexame foi grande: Liga para um, liga para outro e nada de 
providência nenhuma chegar. 
Os familiares e amigos
 então decidiram, por conta própria, fazer o trabalho que deveria ser 
feito pelo coveiro. Colocaram o caixão de crispim em uma carneira, 
providenciaram ferramentas e começaram a cavar a última morada de 
Crispim. O detalhe é que eles não tinham conhecimento onde nem quanto 
cavar, a escolha do local foi feito de forma aleatória.
Além da dor, do 
sofrimento, das lágrimas que é comum a quem perde um ente querido 
(principalmente por Crispim ter cometido suicídio) a família e amigos 
ainda tiveram que amargar essa decepção, essa afronta, essa humilhação.
Trágico. Até agora, 10
 horas, no fechamento dessa matéria a família e amigos continuam cavando
 a cova do caixão do Crispim... Trágico e muito triste.


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