Era uma data especial e isso não mudou nada. O soldado Jéferson Alves,
33 anos, então da 58ª CIPM (Cosme de Farias), apontava uma pistola para a
própria cabeça enquanto as mães de todo o Brasil recebiam rosas
vermelhas e outros mimos. A sua talvez o esperasse para o almoço naquele
domingo, 12 de maio deste ano. Sentado na cama, Jéferson ainda
conversou com alguém ao celular antes de apertar o gatilho. A PM perdia
mais um dos seus homens. Não para o crime, mas para ela própria. E assim
foi com o capitão Alexsander Valério Ferreira, 38, da 15ª CIPM
(Itapuã), que também se matou em sua casa, neste caso por envenenamento,
no dia 9 de junho; e com o soldado Aloísio Santos da Rocha, do
Departamento de Planejamento, que atirou contra a própria cabeça no
primeiro sábado deste mês. Os três suicídios de policiais em 2013 até
alarmam a Polícia Militar, já que, de acordo com números não oficiais, a
média é de dois ao longo de um ano. Mas, pior que as histórias por trás
dos suicídios é a constatação de que elas são apenas a consequência
trágica de um problema muito maior. (Correio da Bahia)
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