Os policiais militares Gilvan Souza Santana e Naiomar Souza Santos (presos no 9º Batalhão de Vitória da Conquista) e mais os colegas Gilson Souza Santana, Ronicley Dantas dos Santos, Ideilton Oliveira Ferreira, Adailton Correia dos Santos, Ubirajara Sales da Silva e Elielson Souza Santos (presos no 19º Batalhão de Jequié), estão sendo ouvidos por Oficiais designados pela Corregedoria Geral da Polícia Militar da Bahia, no curso do processo administrativo disciplinar-PAD, instaurado contra o eles, pela participação na greve deflagrada pelos policiais militares baianos, no dia 30 de janeiro e encerrada em 10 de fevereiro último.
Advogados que fazem a defesa e pedem a liberação dos policiais militares através de habeas corpus, sendo todos eles, associados à ASPOJER e APPM, lotados no município de Jequié, apontam o relatório enviado com data de encerramento do movimento, assinado pelo Comandante do 19º Batalhão PM de Jequié, tenente coronel Elenilson Santos Silva e endereçado ao Corregedor-Geral da PM, Coronel Marconi Calmon Nascimento, “pesou negativamente para os policiais, constando do relato, fatos que não representaram a realidade do comportamento dos militares no período da greve”. No relatório cuja cópia chegou às mãos dos advogados, foram atribuídas aos policiais, “Incitação à Greve, desrespeito aos oficiais comandantes de companhia, passeata fardados pelo centro da cidade, exposição de arma de fogo em via pública, proibição da saída de viaturas para o serviço, bloqueio de ruas e avenidas, ameaças a policiais que não queriam participar do movimento, terror pelo telefone (inclusive com ameaçadas às famílias dos PMs que não aderiram, ameaças de materiais da Fazenda Pública”. Foi também relatado pelo Comando PM/Jequié, que “mesmo após o final da greve, não obstante a convocação feita pelo comando para que os grevistas retornassem as suas atividades, não houve êxito já que, permaneceram amotinados na Câmara de Vereadores, mais ou menos 400 policiais, estando a cidade de Jequié totalmente despoliciada”, consta no documento. A defesa usa como argumento de defesa das acusações cópia de entrevista concedida pelo próprio Coronel Elenilson a uma emissora de rádio local em que afirma que o movimento estaria ocorrendo de maneira ordeira e pacífica.
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