Milícias comandam 12 bairros de Salvador
imagem ilustrativa
Águas Claras, Fazenda Grande do Retiro e Cosme de Farias são apontados como bairros onde a milícia está instalada. Nos 12 bairros, os milicianos exploram serviços essenciais para as comunidades. O transporte alternativo e distribuição de serviços de internet, de TV a cabo de gás aparecem na lista de atividades ilegais comandadas pelo grupos.
Ainda segundo a publicação, o modo de operar é semelhante ao de grupos paramilitares do Rio. Vereadores, com base eleitoral na região, estão na mira dos promotores. Segundo o MP, os parlamentares estariam se beneficiando das milícias em eleições.
As investigações do Ministério Público não se restringiram a Salvador. Em pelo menos 11 estados brasileiros, ações de grupos paramilitares armados e chefiados por agentes públicos da área de segurança. O levantamento foi feito pelo impresso carioca.
Os milicianos atuam em territórios urbanos e rurais, onde impõem lei própria e serviços econômicos, além de se envolverem em assassinatos. Em alguns casos, como na Bahia, há suspeita de envolvimento de políticos.
As milícias estão organizadas na Paraíba, no Espírito Santo, no Ceará, em Mato Grosso do Sul, no Pará, em Pernambuco, em Alagoas, no Piauí, em Minas Gerais e em São Paulo, além da Bahia e do Rio. Os grupos agem com características diferentes em cada estado. O discurso para controlar as comunidades é parecido: eles extorquem dinheiro de moradores e comerciantes para oferecer segurança privada ilegal. Em troca da proteção, os milicianos prometem expulsar ou matar traficantes.
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