quinta-feira, 30 de maio de 2019

Adolescente, “ré” do tribunal do crime, é torturada e tem pimenta colocada na vagina pelas criminosas



Um “júri” onde a justiça é a vingança e a “sentença” aplicada é a mais covarde e cruel possível. Na “balança”, o ódio pesa mil vezes mais que a misericórdia. Aliás, a palavra clemência não existe no vocabulário do tráfico.

Esta semana, um vídeo chocante, espalhado nas redes sociais, nos faz refletir sobre a dimensão da violência e quão terrível e impiedoso é o universo do crime.

Nas imagens, é possível ver uma jovem, ao que tudo indica, menor de idade, sendo torturada, em especial por outra mulher, que se diz esposa de um traficante, ao qual ela chama de “Neguinho da Abelha”.
O caso, segundo internautas, teve como palco o bairro Jorge Amado, em Itabuna. A vítima, indefesa, teve a cabeça e as sobrancelhas raspadas com giletes. O couro cabeludo da garota ficou completamente ferido.

Uma das agressoras, a suposta esposa traída e, possivelmente, a “cabeça” do crime, mostra o rosto sem qualquer receio. É ela quem obriga, à base de tortura, a adolescente confessar que “ficou” com seu marido.

A “ré” tem, então, as roupas rasgadas. Num ato de extrema crueldade, as mulheres colocam pimenta nas partes íntimas da menor.


“Ganhados os holofotes”

Ainda não se sabe quando o vídeo foi gravado e, se de fato, ocorreu no Jorge Amado. As criminosas continuam soltas e impunes. Também não sabemos se a família da vítima denunciou as acusadas ou foi calada por ameaças de morte.
O vídeo chocante causa revolta e indignação, sobretudo, porque este episódio não é o primeiro e nem será último, lamentavelmente.

O crime criou sua própria lei e formou seu tribunal. Os “juízes” do tráfico ainda fazem questão de ganhar os holofotes e desafiam a polícia, criando seus “filmes reais”, regados a impiedade e muito sangue, que são “lançados” nas redes sociais, atingindo níveis alarmantes de “audiência”.

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