segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Itagi: Humilhação e dor


O enterro de Crispim estava marcado para as 8 horas de hoje. O coveiro Moacir já tinha conhecimento e já havia garantido, para a família de Crispim, que a sepultura estaria pronta, mas não foi o que aconteceu.

A família e os amigos ao chegarem ao cemitério não encontraram nenhuma sepultura aberta nem coveiro. O vexame foi grande: Liga para um, liga para outro e nada de providência nenhuma chegar. 

Os familiares e amigos então decidiram, por conta própria, fazer o trabalho que deveria ser feito pelo coveiro. Colocaram o caixão de crispim em uma carneira, providenciaram ferramentas e começaram a cavar a última morada de Crispim. O detalhe é que eles não tinham conhecimento onde nem quanto cavar, a escolha do local foi feito de forma aleatória.

Além da dor, do sofrimento, das lágrimas que é comum a quem perde um ente querido (principalmente por Crispim ter cometido suicídio) a família e amigos ainda tiveram que amargar essa decepção, essa afronta, essa humilhação.

Trágico. Até agora, 10 horas, no fechamento dessa matéria a família e amigos continuam cavando a cova do caixão do Crispim... Trágico e muito triste.

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