Com o
impulso do reajuste do salário mínimo e da reformulação do Bolsa
Família, os programas sociais de transferência de renda alcançaram peso
inédito no gasto público e na economia do país. Recursos pagos
diretamente a famílias representaram mais da metade –exatos 50,4%– das
despesas do governo federal no ano passado, excluídos da conta os
encargos da dívida pública. Dados recém-apurados da execução
orçamentária mostram que o montante chegou a R$ 405,2 bilhões,
distribuídos entre o regime geral de previdência, o amparo ao
trabalhador e a assistência. Trata-se de 9,2% do Produto Interno Bruto,
ou seja, de todos os valores recebidos pela população e pelas empresas
instaladas no país. São proporções sem paralelo entre países emergentes,
o que ajuda a explicar a também anômala carga de impostos brasileira,
na casa de 35% da renda nacional. Na maior parte das economias
latino-americanas e asiáticas, a arrecadação dos governos varia entre
20% e 25% do PIB –apenas recentemente, a Argentina chegou aos patamares
do Brasil.Leia mais na Folha.
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