Novas
pesquisas, porém, revelam que o problema é muito mais grave do que se
supunha. A mais recente, elaborada pelo Instituto Paulo Montenegro e
pela ONG Ação Educativa, mostrou que 38% dos estudantes do ensino
superior no País simplesmente “não dominam habilidades básicas de
leitura e escrita”.
O
Indicador de Analfabetismo Funcional, que resulta desse trabalho, não
mede capacidades complexas. Ele é obtido a partir de perguntas
relacionadas ao cotidiano dos estudantes, como o cálculo do desconto em
uma compra ou o trajeto de um ônibus. Mesmo assim, 38% dos pesquisados
não atingiram o nível considerado “pleno” de alfabetização, isto é, não
conseguem entender o que leem nem fazer associações com as informações
que recebem.
Para os
autores da pesquisa, os resultados indicam que o notável aumento da
escolarização verificado nas últimas décadas ainda não se traduz em
desempenho minimamente satisfatório em habilidades básicas, como ler e
escrever, e isso num ambiente em que essas etapas do aprendizado já
deveriam ter sido plenamente superadas, isto é, nas universidades. (Estadão)
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