segunda-feira, 2 de julho de 2012

Saque do FGTS para compra de imóvel à vista custa até R$ 1.900

Os bancos cobram taxas de até R$ 1.900 dos trabalhadores que pretendem comprar um imóvel à vista com o dinheiro depositado na conta do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Pelas regras, o saque só vale para moradias avaliadas até R$ 500 mil e deve ser intermediado pelas instituições financeiras. O Banco do Brasil é o único que não faz esse tipo de negócio, entre os seis maiores pesquisados pela Folha. O problema é que os valores cobrados pelos bancos são elevados e, segundo consultores, alguns se aproveitam da intermediação para oferecer seus produtos. De acordo com o advogado Marcelo Tapai, especialista em direito imobiliário, é preciso ficar atento a pressões para a abertura de conta, por exemplo, com a promessa de agilizar o negócio. "O fundo é um direito do trabalhador e a sua liberação não pode estar vinculada a produtos", diz.
Além disso, a liberação dos recursos segue um trâmite de até dois meses, prazo considerado longo para esse tipo de transação. Entre os bancos consultados, a maior taxa foi encontrada no HSBC - R$ 1.900 independentemente do valor do imóvel. Os demais cobram R$ 1.600 e um valor menor para imóveis até R$ 170 mil. Segundo as instituições financeiras, a arrecadação é feita para cobrir custos envolvidos no processo. Um deles é a avaliação da moradia. O FGTS exige um laudo que mostre que o imóvel custa, no máximo, R$ 500 mil.

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