segunda-feira, 9 de julho de 2012

Delegacias abrigam quatro mil presos

 
O aumento da criminalidade, a falta de juízes, desembargadores e também defensores públicos, em todo estado, contribui ainda mais para a lentidão no julgamento dos processos e o consequente aumento da população carcerária.  Atualmente a Bahia conta com 200 defensores públicos, com uma população estimada em 14 milhões de habitantes, a média é de 71 mil habitantes por defensor. De acordo com Lei orgânica da DPE-BA (26/2006), o órgão deveria ter em 2006 pelo menos 586 defensores, número que já está defasado, segundo especialistas. O déficit desses profissionais, aliado à falta de recursos colabora para aumentar as pilhas de processos do Judiciário baiano, além de atrasar as sentenças e o atendimento dos cidadãos que buscam pelo serviço. “A situação de Renato não é das piores, nós fizemos um levantamento recente, em presídios do estado e comprovamos que assim como ele existe muita gente presa aguardando processos, muita há mais de um ano”, destaca o defensor. A DF realizou recentemente uma força tarefa, com sete defensores, trabalhando em três turnos, em presídios. Durante três semanas presos foram ouvidos e dados foram levantados, resultando em 30 pedidos de hábeas corpos, segundo Alan Roque. “Nós fazemos o que podemos, mas, a demanda é muito grande”, lembra. Foram aprovados em concurso, 160 defensores, há mais de um ano, estes profissionais aguardam a nomeação para começarem a atuar em defesa de pessoas como Renato que não têm condições de pagar.

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