De um lado o aumento da criminalidade,
do outro, a morosidade da Justiça no julgamento dos processos e o
resultado: uma população carcerária com mais de 15 mil presos em
delegacias e unidades prisionais da Bahia. O número representa um
aumento de 8% em relação a dezembro do ano passado. “Infelizmente a
prisão cautelar virou regra”, destaca a defensora pública, Bethânia
Ferreira que convive diariamente com esta realidade. Dados do Ministério
da Justiça e Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP)
denunciam uma situação ainda mais preocupante. Cerca de 64% dos presos
estão cumprindo pena sem nunca terem sido julgados. Apenas 5.616 presos
foram sentenciados, os outros 5.008 reclusos em unidades prisionais e
4.600 abrigados em delegacias, continuam vendo o sol nascer quadrado
apesar de não estarem condenados. “Tem muita gente que cumpre um tempo
maior de prisão provisória do que se estivesse sido condenado”,
acrescenta Ferreira.
(Política Livre)
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