Quase um quarto das famílias se
endividou mais do que deveria e foi obrigado a reduzir o padrão de vida
ou a dar calote. Um estudo da consultoria MB Associados, com base na
Pesquisa de Orçamento das Famílias (POF), do IBGE, mostra que 14,1
milhões de famílias comprometeram mais de 30% da renda mensal com
dívidas.
Essa marca ultrapassa o limite saudável
para o endividamento, pois 70% do orçamento vai para despesas básicas,
como comida, habitação ou saúde, conforme mostra a POF. A maior parte
dessas famílias superendividadas está na fatia menos favorecida da
população: 5,8 milhões na classe C e 6,6 milhões nas classes D e E.Na média, no entanto, o brasileiro comprometeu 26,2% da renda mensal com dívidas, diz o estudo da MB. Esse resultado é superior à média de 22% estimada pelo Banco Central, porque inclui gastos como crediário de loja sem parceria com banco e despesa à vista no cartão de crédito.
Nos últimos cinco anos, a expansão do crédito, com a entrada de novos consumidores, garantiu um crescimento robusto da economia. Mas, desde meados de 2011, o ritmo de concessão esfriou, à medida que a inadimplência crescia. Em abril, o calote atingiu o recorde de 7,6%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
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