A média mensal de vítimas de sequestros-relâmpago, registrada entre
janeiro a maio deste ano na Bahia, cresceu na comparação com a observada
nos 12 meses de 2012. Em 2013, 64 ocorrências já foram contabilizadas, o
que representa média de 12,8 registros por mês. Em todo o ano passado, a
média ficou em 10,9 casos mensais – 131 crimes desta modalidade.
Reportagem do jornal A Tarde, com base nos números do Centro de
Documentação e Estatística Policial (Cedep), da Secretaria da Segurança
Pública (SSP), mostra que os casos de extorsão mediante sequestro –
quando um criminoso retém uma pessoa para obter vantagem financeira –
cresceram 17% no ano passado, em comparação com 2011. Em 2012, foram
registrados 41 casos, enquanto no ano anterior sete ocorrências a menos
(35 no total). Este ano, já foram computados 18 casos, de janeiro a
maio.
De acordo com a assessoria de comunicação da SSP, pelo menos nos últimos
dois anos não foram registrados casos do sequestro considerado
"clássico", quando o criminoso priva a vítima de liberdade, mantendo-a
em cativeiro, para exigir resgate. Para combater esses tipos de crime, o
Estado oficializou a criação, no último mês de abril, do Núcleo
Antissequestro e de Repressão aos Crimes de Extorsão, que funciona
subordinado à Coordenação de Operações Especiais (COE). Para o
coordenador do Observatório de Segurança Pública da Bahia, Carlos
Alberto Costa Gomes, a criação do órgão é positiva, no entanto, a medida
deveria ser acompanhada de uma série de iniciativas para prevenir os
ataques. "Há falhas na segurança só tratadas após o crime acontecer.
Vemos bom aparato no interior dos estabelecimentos, mas pouca ou nenhuma
cobertura no entorno deles", opinou. Investimentos em serviços de
inteligência, mapeamento de áreas vulneráveis e formação de policiais
especializados são pontos sugeridos pelo especialista. (Bahia Notícias)
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