domingo, 23 de outubro de 2011

Estudo descarta vínculo entre o câncer e uso prolongado do celular.


O maior estudo do tipo já feito não encontrou vínculos entre o uso prolongado de telefones celulares e um maior risco de desenvolvimento de tumores cerebrais, segundo artigo publicado esta sexta-feira no British Medical Journal (BMJ).
Cientistas dinamarqueses não encontraram evidências de um risco maior entre os mais de 350.000 proprietários de telefones celulares cuja saúde foi monitorada durante 18 anos.
Pesquisas anteriores sobre uma possível relação entre o uso de celulares e tumores cancerosos tinham sido inconclusivas, parcialmente devido à falta de dados de longo prazo.
Em junho, a Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer (IARC) da Organização Mundial da Saúde classificou a radio-frequência de campos magnéticos emitida por celulares como “possivelmente carcinogênica para humanos”.
O novo estudo é a sequência de uma pesquisa anterior, que comparou o risco de câncer enfrentado por todos os assinantes de telefonia celular na Dinamarca – umas 420.000 pessoas – com o restante da população adulta.
Patrizia Frei, pesquisadora de pós-doutorado da Sociedade Dinamarquesa de Câncer, e colegas examinaram registros de saúde entre 1990 e 2007 de 358.403 assinantes de celulares.
No total, foram diagnosticados 10.729 tumores do sistema nervoso central.
Mas entre as pessoas que fizeram uso mais prolongado do telefone celular – 13 anos ou mais -, as taxas de câncer foram quase as mesmas dos não-assinantes.
As descobertas, no entanto, não descartaram a possibilidade de um “risco pequeno a moderado” para usuários muito intensos, ou pessoas que utilizam os aparelhos por mais de 15 anos.

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