quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

“Ele era contratado e recebia dinheiro para ir a protestos”, diz advogado de suspeito de acender rojão

O advogado Jonas Tadeu Nunes, que defende o suspeito de acender o rojão que matou o cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade, afirmou nesta quarta-feira (12) que organizações davam dinheiro a manifestantes para irem aos protestos no Rio de Janeiro. Entre eles, o próprio Caio Silva de Souza, 22 anos, preso na madrugada, em uma pousada de Feira de Santana, no interior da Bahia. De acordo com o advogado, Caio recebia um salário mínimo para participar das manifestações e a maior parte do dinheiro seria utilizada para pagar o aluguel da casa da mãe, que está desempregada. O jovem morava em Nilópolis, na Baixada Fluminense, e trabalhava como auxiliar de serviços gerais do Hospital Rocha Faria, no Rio. "Assim que estive com o pai do Caio, vi a situação de miséria que ele vive. Me deu uma tristeza muito grande. Esses jovens são aliciados, recebem fomentos financeiros de organismos que organizam estes protestos com o objetivo de desarticular o governo, em vez de fazer uma oposição correta. Tem que ir atrás das pessoas que aliciam outros jovens. Eles desgraçaram a família de outros jovens e do Santiago", disse o advogado sem informar quais são as organizações e os responsáveis pelo suposto aliciamento. Ao ser preso, Caio admitiu em entrevista para a Rede Globo que acendeu o rojão durante a manifestação de quinta-feira (6). O jovem contou ainda que não sabia que o objeto era um rojão, e sim um "cabeção de nego". No entanto, ao delegado Maurício Luciano, responsável pelo caso, o suspeito manteve o posicionamento de só falar em juízo.

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