O
Conselho Federal de Medicina (CFM) recomendou na sexta-feira (10/8) que
os partos sejam feitos em ambiente hospitalar de forma preferencial,
por se tratar da opção mais segura. Por meio de nota, o órgão alertou
sobre os riscos de morte envolvendo partos fora de hospitais. “Há um
falso antagonismo entre o parto domiciliar e o parto hospitalar que
ofusca uma preocupação real: a preservação da vida e do bem-estar da
gestante e do recém-nascido”, informou o CFM. “É importante estar
consciente sobre o equilíbrio entre riscos e benefícios envolvidos nos
procedimentos médicos, de forma geral, para que as opções estejam
legitimamente ancoradas em princípios bioéticos”, completou. “No
entanto, a legitimidade da autonomia materna não pode desconsiderar a
viabilidade e a vitalidade do seu filho [feto ou recém-nascido], bem
como sua própria integridade física e psíquica”, destacou. Segundo o
CFM, o trabalho de parto constitui um processo natural e independente e
as intervenções médicas são necessárias apenas em condições especiais,
como a não execução de determinados movimentos pelo feto durante o
nascimento (distócia) e problemas que comprometam à saúde da gestante
(hemorragias e infecções). “Mortes durante o trabalho de parto
[intraparto] possuem maior relação com a inadequada assistência ao
nascimento e são mais frequentes nos países em desenvolvimento. Nessas
áreas, menos de 40% dos partos são realizados em unidades de saúde na
presença de pessoal qualificado para atendimento ao nascimento”,
concluiu o conselho. (Saúde Brasil)
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