As escolas particulares reagiram ao projeto aprovado anteontem no
Congresso Nacional que reserva 50% das vagas das 59 universidades
federais a alunos da rede pública e ameaçam ir à Justiça.
Para entrar em vigor, a proposta só precisa ser sancionada pela
presidente Dilma Rousseff, que apoia a iniciativa. Para o governo, a
medida amplia o acesso de setores menos favorecidos da população ao
ensino superior.
A Fenep (Federação Nacional das Escolas Particulares) criticou o texto e
diz que estuda contestar a norma judicialmente. “Existe um
questionamento jurídico que a gente pode fazer, e estamos estudando a
matéria”, disse a presidente, Amábile Pacios.
Ela reconhece a necessidade de políticas para setores historicamente
desfavorecidos, mas diz que o caminho escolhido não é o adequado.
Para Pacios, é necessário primeiro o governo melhorar a qualidade da
rede pública de educação básica em vez de priorizar medidas que foquem o
ensino superior.
“A igualdade é garantir para esses meninos [beneficiados pelo projeto]
uma escola pública de qualidade. Não é fechando a entrada dos alunos das
particulares que você corrige isso”, afirma.
Ela pondera ainda que o projeto prejudica alunos bolsistas das escolas
privadas. “Você está pagando uma dívida e formando outra.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário