domingo, 20 de maio de 2012

ESTUDOS





O Brasil é o segundo país do mundo em vítimas fatais em acidentes envolvendo motocicletas, com 7,1 óbitos a cada 100 mil habitantes. Para mapear estes acidentes e colaborar na elaboração de políticas públicas que diminuam estes números, a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas e Bicicletas (Abraciclo) está realizando uma pesquisa em parceria com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e o Hospital das Clínicas (HC). A proposta é mapear os acidentes com motocicletas na cidade de São Paulo e utilizar os resultados da capital paulista como modelo para outras grandes cidades brasileiras, com informações que ajudem na elaboração de políticas públicas que se proponham a reduzir o número de ocorrências. A pesquisa pode contribuir para diminuição dos números também na Bahia. No estado, são cerca de 2,5 mil acidentes graves de trânsito por ano, 400 deles com vítimas fatais e em motos. Uma média superior a uma morte por dia. Na avaliação da médica fisiatra do HC, Júlia Greve, não se deve atribuir culpa a uma parte ou à outra, e sim, analisar o que deveria ter sido feito para evitar tantos acidentes. Para isso, um dos fatores que vão ser analisados é a formação dos motociclistas que, muitas vezes, comete erros de pilotagem por não saber como conduzir a moto de forma correta, e não cuida como deveria da manutenção do veículo. Outro fator destacado é a falta de atenção dos outros motoristas, que não percebem a aproximação das motos. “É importante estudar o acidente e mostrar que as quedas e batidas vão diminuir se políticas públicas eficientes de habilitação, segurança e fiscalização forem aplicadas no trânsito para que motoristas e motociclistas aprendam que dirigir não é corrida nem disputa por espaço”. A Bahia hoje é o sexto estado com maior frota de motos no país, com 925.387 circulando, segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas (Abraciclo). É ainda o terceiro estado que mais cresceu sua frota de motocicletas entre 1998 e 2012, com 1581,4% de aumento. Com tantas motos nas ruas, os cuidados também devem ser maiores. “A sociedade precisa achar alternativas de como acomodar esses veículos em um trânsito cada vez mais caótico”, alertou Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo. Com informações da Agência Brasil.
 

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