O
Brasil é o segundo país do mundo em vítimas fatais em acidentes
envolvendo motocicletas, com 7,1 óbitos a cada 100 mil habitantes. Para
mapear estes acidentes e colaborar na elaboração de políticas públicas
que diminuam estes números, a Associação Brasileira dos Fabricantes de
Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas e Bicicletas (Abraciclo) está
realizando uma pesquisa em parceria com a Companhia de Engenharia de
Tráfego (CET) e o Hospital das Clínicas (HC). A proposta é mapear os
acidentes com motocicletas na cidade de São Paulo e utilizar os
resultados da capital paulista como modelo para outras grandes cidades
brasileiras, com informações que ajudem na elaboração de políticas
públicas que se proponham a reduzir o número de ocorrências. A pesquisa
pode contribuir para diminuição dos números também na Bahia. No estado,
são cerca de 2,5 mil acidentes graves de trânsito por ano, 400 deles com
vítimas fatais e em motos. Uma média superior a uma morte por dia. Na
avaliação da médica fisiatra do HC, Júlia Greve,
não se deve atribuir culpa a uma parte ou à outra, e sim, analisar o
que deveria ter sido feito para evitar tantos acidentes. Para isso, um
dos fatores que vão ser analisados é a formação dos motociclistas que,
muitas vezes, comete erros de pilotagem por não saber como conduzir a
moto de forma correta, e não cuida como deveria da manutenção do
veículo. Outro fator destacado é a falta de atenção dos outros
motoristas, que não percebem a aproximação das motos. “É importante
estudar o acidente e mostrar que as quedas e batidas vão diminuir se
políticas públicas eficientes de habilitação, segurança e fiscalização
forem aplicadas no trânsito para que motoristas e motociclistas aprendam
que dirigir não é corrida nem disputa por espaço”. A Bahia hoje é o
sexto estado com maior frota de motos no país, com 925.387 circulando,
segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas
(Abraciclo). É ainda o terceiro estado que mais cresceu sua frota de
motocicletas entre 1998 e 2012, com 1581,4% de aumento. Com tantas motos
nas ruas, os cuidados também devem ser maiores. “A sociedade precisa
achar alternativas de como acomodar esses veículos em um trânsito cada
vez mais caótico”, alertou Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo.
Com informações da Agência Brasil.
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domingo, 20 de maio de 2012
ESTUDOS
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